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Capacidade dos Profissionais de Saúde de Medicina e Enfermagem dos Cuidados de Saúde Primários em Identificar Doentes de Cuidados Paliativos
Author(s) -
Mariana van Innis,
Manuel Luís Capelas,
Alexandre Castro-Caldas
Publication year - 2017
Publication title -
gazeta médica/gazeta médica
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2184-0628
pISSN - 2183-8135
DOI - 10.29315/gm.v4i2.20
Subject(s) - palliative care , humanities , medicine , philosophy , nursing
INTRODUÇÃO: Os cuidados paliativos são cuidados de saúde especializados, dirigidos a indivíduos com doenças crónicas. De acordo com dados de estudos recentes, apenas uma parte da população portuguesa tem acesso a eles, sendo o número de indivíduos referenciados para equipas especializadas inferior ao esperado. Os cuidados de saúde primários podem desenvolver um papel importante na identificação e referenciação dos doentes, pois são o primeiro contacto da população com o Serviço Nacional de Saúde.
OBJETIVO: Avaliar a capacidade dos médicos e enfermeiros dos cuidados de saúde primários em identificar doentes de cuidados paliativos e determinar os fatores pessoais facilitadores.
MATERIAL E MÉTODOS: É um estudo analítico e transversal, efetuado através da aplicação de um questionário junto a 49 profissionais de saúde de medicina e enfermagem de dois Agrupamentos dos Centros de Saúde de Lisboa, entre junho e setembro de 2014. A análise estatística foi realizada através do programa SPSS® 20.
RESULTADOS: Somente 14,3% da amostra identificou corretamente os casos clínicos referenciáveis para cuidados paliativos. Dos vários fatores pessoais analisados, observámos uma relação estatisticamente significativa (p < 0,05) entre o contacto com a área dos cuidados paliativos na vida pessoal e a formação diferenciada e a identificação de doentes de cuidados paliativos por parte dos médicos e enfermeiros dos cuidados de saúde primários.
CONCLUSÕES: Os resultados obtidos sugerem a necessidade de reforçar a formação em cuidados paliativos junto dos profissionais de saúde e facilitar a comunicação entre os diferentes elementos envolvidos no processo de identificação e referenciação dos doentes.