RESSECÇÃO DE MELANOMA LENTIGINOSO ACRAL COM RECONSTRUÇÃO DE RETALHO SURAL DE FLUXO REVERSO – RELATO DE CASO

RESUMOO melanoma maligno é uma neoplasia cutânea com elevada agressividade e mortalidade que pode afetar todas as idades. Os fatores de risco conhecidos são ambientais, individuais e genéticos. O melanoma lentiginoso acral é um subtipo raro de melanoma e atinge de forma desproporcional pessoas com classificação Fitzpatrick diferente. O melanoma lentiginoso acral tem um pior prognóstico comparado aos outros subtipos, e isso foi atribuído ao seu comportamento biológico agressivo. A excisão cirúrgica com margem adequada é a única abordagem com potencial curativo em casos de melanoma maligno. Este artigo descreve um relato de caso sobre a técnica de ressecção do melanoma lentiginoso acral em associação a reconstrução do retalho sural de fluxo reverso, com intuito de ressaltar a importância desta opção de tratamento cirúrgico em uma área anatomicamente de difícil reconstrução cirúrgica. As informações foram obtidas dos prontuários do Hospital Escola Álvaro Alvim, Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, no período 01/12/2017 até 31/01/2021. A paciente do sexo feminino, 44 anos, de fototipo V de Fitzpatrick, sem antecedentes pessoais ou familiares de melanoma foi atendida pelo serviço de oncologia clínica e encaminhada para o serviço de cirurgia oncológica. O tratamento cirúrgico do melanoma lentiginoso acral pode ser um desafio, por deparar com áreas extensas para ressecção impossibilitando a reconstrução com fechamento primário. O relato de caso concluiu que o retalho sural de fluxo reverso se mostrou uma técnica valiosa para reconstrução de áreas ressecadas, principalmente em regiões que suportam peso, favorecendo a cicatrização.