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A Companhia Brasileira de Paquetes a Vapor e a centralidade do poder monárquico
Author(s) -
Almir Chaiban El-Kareh
Publication year - 2012
Publication title -
revista história econômica and história de empresas/história econômica and história de empresas
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2525-8184
pISSN - 1519-3314
DOI - 10.29182/hehe.v5i2.144
Subject(s) - political science , humanities , philosophy
O Estado brasileiro recém-criado teve que ser construído. As grandes distâncias do País favoreciam o surto de sentimentos regionalistas. A centralidade do poder só era possível com o desenvolvimento das comunicações. A Companhia Brasileira de Paquetes a Vapor, ligando todas as capitais marítimas, foi responsável pela distribuição da correspondência postal e transformou-se numa peça fundamental da implementação das decisões políticas da Monarquia, garantindo sua territorialidade e sua efetiva capacidade de penetrar a sociedade civil. Mas, ao se deixar cooptar pelo Estado, em troca de privilégios e subvenções, ela se acomodou e não se modernizou. Ao perder o direito ao monopólio, não suportou a concorrência estrangeira e acabou sucumbindo.