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Metástases Cutâneas de Carcinoma de Células de Hürthle da Tiróide
Author(s) -
Rui TavaresBello,
Carlos Tavares-Bello,
Sónia Fernandes,
Carlos Serra,
Óscar Tellechea,
Helena Garcia
Publication year - 2017
Publication title -
revista da sociedade portuguesa de dermatologia e venereologia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2182-2409
pISSN - 2182-2395
DOI - 10.29021/spdv.75.2.776
Subject(s) - medicine
Metástases cutâneas de neoplasias internas constituem um evento raro, ocorrendo em 0,9% a 4,4% em grandes estudos necrópsicos e atingindo 9% em grandes séries de doentes neoplásicos. Metástases cutâneas de carcinomas da tiróide são ainda mais raros e, entre eles, os de carcinomas foliculares foram mais raramente reportados, mais escassamente do que os de carcinomas papilares ou medulares. Um Eurocaucasiano de 57 A de idade recorreu à consulta por pápula angiomatoide na área parietal do couro cabeludo, com cerca de 4 meses de evolução. O doente tinha sido submetido, 2 anos antes, a tiroidectomia total, complementada com radioterapia e diversos esquemas quimioterapêuticos por um carcinoma metastático de células de Hürthle da tiróide. A biópsia excisional da pápula permitiu estabelecer, com recurso a estudos imuno-histoquímicos, o diagnóstico de metástase cutânea de carcinoma folicular da tiróide. Os gânglios linfáticos, pulmões e os ossos constituem as mais prevalentes localizações à distância das metástases do carcinoma folicular da tiróide. Embora estas neoplasias representem até 12% das neoplasias malignas da tiróide, metástases cutâneas destes tumores têm sido muito raramente reportadas. Estes tumores são habitualmente carcinomas bem diferenciados, com prognóstico favorável a longo termo e caracterizados histologicamente por estruturas foliculares com material colóide e variáveis anaplasia e distorção arquitectural. No caso apresentado merecem destaque a morfologia angiomatoide da lesão metastática, classicamente associada a metástases de tumores de células renais e a alguns casos já relatados de tumores de células de Hürthle, bem como o comportamento agressivo e a evolução fatal verificados. O caso é ilustrado iconograficamente e uma breve revisão da literatura é efectuada.

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