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VARIANTES RARAS DE MELANOMA MALIGNO – UM DESAFIO CLÍNICO E HISTOPATOLÓGICO
Author(s) -
Joana Parente,
José Álvaro Pereira Gomes,
Isabel Viana,
Esmeralda Vale
Publication year - 2013
Publication title -
revista da sociedade portuguesa de dermatologia e venereologia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2182-2409
pISSN - 2182-2395
DOI - 10.29021/spdv.70.2.26
Subject(s) - medicine , melanoma , cancer research
Introdução: O melanoma maligno pode apresentar uma grande variedade de padrões histopatológicos. Além das formas clássicas de melanoma estão descritas diversas variantes histopatológicas mais raras, tais como polipóide, verrucoso, desmoplásico, mixóide, condróide, de células balonizantes, rabdóide, tipo animal, amelanótico, spitzóide e nevóide. Este trabalho teve como objectivo a caracterização das variantes histopatológicas raras de melanoma maligno observadas no Laboratório de Dermatopatologia do Centro de Dermatologia Médico-Cirúrgica de Lisboa num período de 15 anos (1995-2009). Material e Métodos: Foram registadas as seguintes variáveis: idade e sexo do doente, diagnóstico clínico, localização, espessura e nível de Clark do melanoma, presença de ulceração e follow-up. As variantes foram agrupadas segundo alterações dos padrões de arquitectura, características citológicas e alterações do estroma. Resultados: Foram observadas 87 variantes raras de melanoma, correspondendo a 6,5% do total de melanomas. Verificámos predominância de mulheres no melanoma spitzóide e de homens no melanoma tipo animal. Registámos algumas localizações preferenciais: face no melanoma tipo animal, tronco no melanoma polipóide, membros no melanoma verrucoso e subungueal no melanoma condróide. Identificámos ulceração em 73% dos melanomas polipóides, em 60% dos melanomas verrucosos e em 50 % dos melanomas amelanóticos. Uma taxa de mortalidade mais elevada foi documentada na variante mista polipóide/tipo animal e nos melanomas desmoplásico, polipóide e tipo animal. Conclusões: O reconhecimento destas variantes é importante, não só pelo desafio clínico e histopatológico no diagnóstico diferencial com outros tumores cutâneos, mas também pela possível implicação, de algumas destas variantes com comportamento biológico peculiar, no prognóstico.PALAVRAS-CHAVE – Melanoma; Neoplasias da Pele.

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