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Análise espacial da tuberculose em Santa Catarina correlacionando com determinantes sociais e de saúde
Author(s) -
Sérgio Adam Mendonça,
Selma Cristina Franco,
Celso Vôos Vieira,
Rosana Leal do Prado
Publication year - 2021
Publication title -
revista brasileira de geografia física
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1984-2295
DOI - 10.26848/rbgf.v13.07.p3159-3176
Subject(s) - geography
A distribuição espacial da tuberculose e sua relação com marcadores demográficos, ambientais e socioeconômicos tem gerado informações relevantes para aprimorar a vigilância epidemiológica e a avaliação de serviços de saúde. O objetivo deste trabalho é determinar a distribuição espacial da tuberculose no Estado de Santa Catarina entre 2005 e 2015, correlacionando com indicadores socioeconômicos, demográficos e de saúde. Realizou-se um estudo ecológico cuja análise espacial utilizou a técnica de polígonos. Na análise exploratória foram utilizadas as taxas brutas de incidência e taxas suavizadas pelo método bayesiano empírico. A autocorrelação espacial das taxas de incidência brutas e suavizadas foi determinada pelo índice Global de Moran e clusters pelo índice Local de Moran. Realizou-se uma modelagem com 20 indicadores indicadores utilizando a variável dependente "incidência de tuberculose" e regressão multivariada. A distribuição da tuberculose apresentou correlação espacial positiva com maior concentração na região nordeste do estado e, também, na faixa litorânea (p=0,001). No melhor modelo houve correlação inversa entre a incidência de tuberculose e o índice de Gini (p<0,001), e correlação direta com a taxa de desocupação de 18 anos ou mais (P<0,001), percentual de pessoas de 15 a 24 anos vulneráveis (p=0,011), domicílios com mais de duas pessoas por dormitório (p=0,011), aumento da população (p=0,003) e incidência de HIV (p<0,001). Conclui-se que em Santa Catarina, há autocorrelação espacial da tuberculose com concentração nos conglomerados urbanos das maiores cidades, nas quais o padrão socioeconômico é mais elevado com aumento populacional recente e receptoras de fluxo migratório.