z-logo
open-access-imgOpen Access
O ocidente como responsável pelas crises da Ucrânia e da Geórgia
Author(s) -
Fred Leite Siqueira Campos,
Iuri Endo Lobo,
Beatriz Marcondes de Azevedo
Publication year - 2018
Publication title -
revista brasileira de estudos de defesa
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2358-3932
pISSN - 2358-3916
DOI - 10.26792/rbed.v5n2.2018.75035
Subject(s) - humanities , political science , philosophy
Em 2008, a Rússia interveio na Geórgia e reconheceu a independência das províncias separatistas da Ossétia do Sul e da Abecásia. Em 2014, a Rússia promoveu ação militar na Ucrânia e anexou a península da Crimeia ao território russo. Tomando como foco de análise estes dois fatos históricos, o presente trabalho tem como objetivo comparar as crises da Ucrânia e da Geórgia, a fim de demonstrar que ambas as crises têm suas responsabilidades dadas às ações do Ocidente. Em termos metodológicos, foi realizada uma análise comparativa entre as duas crises, utilizando-se o ponto de vista do pensamento realista e da teoria do realismo ofensivo. Como resultado da presente análise, constatou-se que as variáveis – com base nas quais Mearsheimer (2014) afirma que a crise da Ucrânia foi responsabilidade do Ocidente –manifestaram-se na Geórgia. Desse modo, a conclusão desse trabalho indica que a crise da Geórgia, de 2008, também teve o Ocidente como seu principal responsável. Essa conclusão está baseada na existência das variáveis: avanço da OTAN; promoção da “democracia” Ocidental; e expansão da União Europeia, apresentadas por Mearsheimer (2001; 2014), a presença da tríade comportamental (medo, autoajuda e maximização do poder) e as estratégias (de defesa) russas às regiões em estudo. Nesse sentido, e diferentemente do que é afirmado pelo Ocidente, a Rússia teve, em ambas as crises, papel eminentemente defensivo.

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here