
Os polos de Carajás e Juriti na Amazônia oriental: desenvolvimento regional ou industrialização?
Author(s) -
Carina Cipolat,
Marcos Vinicius Dalagostini Bidarte
Publication year - 2021
Publication title -
colóquio
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2318-180X
pISSN - 1678-9059
DOI - 10.26767/coloquio.v18i3.2117
Subject(s) - political science , humanities , philosophy
Este estudo tem como objetivo analisar as ações do Estado brasileiro no processo de desenvolvimento econômico da Amazônia e a implantação dos polos de Carajás e Juruti, verificando se esses projetos induziram a industrialização ou o desenvolvimento regional na Amazônia Oriental. Os resultados revelam que o Estado permeado e constituído por classes dominantes, fortalecido pela dinâmica capitalista, foi o principal indutor para a ocupação da Região Amazônica. Os favorecimentos promovidos pelo Estado para obtenção de recursos através de novas infraestruturas e incentivos funcionaram como suporte para um desenvolvimento pautado na racionalidade econômica tendo como base a indústria, deixando de lado as questões de sustentabilidade socioambiental, os interesses das populações locais, às relações sociais e da cultura já existente. A subserviência aos interesses do capital internacional, com a ajuda do Estado, fez da Região Amazônica um alvo da perversidade do capital. A implantação dos grandes projetos de mineração trouxe poucas possibilidades de incremento à economia local e também sérios prejuízos às comunidades locais e ao meio ambiente. Entretanto, existem (poucas) iniciativas para tentar promover mudanças, na busca de um desenvolvimento voltado para a sustentabilidade.