
Tradição, Tomismo e Teísmo na Filosofia Moral de Alasdair MacIntyre
Author(s) -
Isabel Cristina Rocha Hipólito Gonçalves
Publication year - 2019
Publication title -
pensando
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2178-843X
DOI - 10.26694/pensando.v9i18.6390
Subject(s) - philosophy , humanities , virtue , theology
Alasdair MacIntyre ao realizar uma série de críticas à moralidade e filosofia moral modernas e contemporâneas defende a tese de que o desacordo moral e a ausência de justificação racional para a moralidade é fruto do abandono do elemento teleológico da ética, especialmente do abandono da ética aristotélica, o que o leva a propor a retomada da ética teleológica de Aristóteles. Essa retomada é justificada com a teoria da racionalidade das tradições, por meio da afirmação de que o modo tradicional de investigação é o melhor e que a tradição aristotélico-tomista corresponde a uma tradição moral superior às suas rivais. Com sua adesão a essa tradição MacIntyre vai apontar Tomás de Aquino como o teórico que conseguiu reunir todas as características do modo tradicional de investigação moral, integrando a tradição aristotélica e a agostiniana, o que fez com que o próprio MacIntyre se aproximasse e se apropriasse cada vez de elementos fundamentais do Tomismo. O Tomismo de MacIntyre, por sua vez, sofre uma série de críticas e objeções, especialmente em relação às tensões que se estabelecem no interior do pensamento do autor, que em After Virtue prometia um pensamento secular e pragmático. Este trabalho tratará dessa tensão e de algumas críticas direcionadas ao Tomismo de MacIntyre.