z-logo
open-access-imgOpen Access
O Republicanismo de Tocqueville como crítica ao Despotismo nas Eras Democráticas
Author(s) -
Juliano Cordeiro da Costa Oliveira
Publication year - 2020
Publication title -
pensando
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2178-843X
DOI - 10.26694/pensando.v10i21.8188
Subject(s) - democracy , participatory democracy , political science , government (linguistics) , humanities , philosophy , politics , law , linguistics
O objetivo deste artigo é investigar o republicanismo presente no pensamento de Alexis de Tocqueville, como crítica ao despotismo nas eras democráticas. Para tanto, seguiremos a leitura interpretativa de autores contemporâneos como Hannah Arendt, Charles Taylor e Jacques Rancière, que destacam, em suas reflexões, a interpretação de Tocqueville acerca da revolução americana, enfatizando os limites e as possibilidade de uma política participativa como crítica a um despotismo emergente na democracia. Tocqueville observa uma tendência, na democracia, de um crescente individualismo moderno, junto com a perda dos laços comunitários, essenciais para a vida pública. Ele mostra-se preocupado com a indiferença pela política enquanto participação da sociedade nas decisões, havendo o perigo de uma nova, especificamente moderna, forma de despotismo. Não será uma tirania do terror e da opressão. O governo poderá até se manter com eleições periódicas. Porém, tudo poderá ser governado por um enorme poder tutelar sobre o qual o povo terá pouco ou nenhum controle. Esse tipo de servidão regrada, doce e calma pode perfeitamente se estabelecer nas democracias. Somente com uma cultura de participação política, através de associações comunitárias, em vários níveis do poder, poderemos, diz Tocqueville, combater o despotismo crescente na democracia.

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here