MAGISTRATURA EM TELA: O ARGUMENTO DA ATUAÇÃO DIFERENTE A PARTIR DO GÊNERO

O artigo investiga possíveis controvérsias da crença acerca da atuação automaticamente diferente por parte das magistradas, capaz de tornar o Judiciário mais receptivo às demandantes mulheres. Por meio de uma revisão bibliográfica, que inclui a contextualização das discriminações de gênero perpetuadas nas decisões judiciais, a partir dos processos de categorização social e formação de estereótipos, concluiu-se pela necessidade de considerar para a discussão: as barreiras impostas pela estrutura judiciária, de caráter androcêntrico, assim como a tendência à adoção de um padrão de mulher, que pode reforçar estereótipos e ignorar a análise de outros marcadores sociais como raça e classe social.