
A Mobilização Social como Reafirmação da Participação Democrática: A Fraternidade como Expressão de uma Nova Cultura Relacional
Author(s) -
Helen Crystine Corrêa Sanches,
Deisemara Turatti Langoski
Publication year - 2016
Publication title -
conpedi law review
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2448-3931
DOI - 10.26668/2448-3931_conpedilawreview/2015.v1i1.3351
Subject(s) - humanities , social movement , democracy , political science , citizenship , participatory democracy , politics , sociology , philosophy , law
A democracia consubstancia-se em um direito fundamental dos cidadãos. Democracia e participação se aprimoram e se complementam, uma vez que não há democracia sem a participação ativa e consciente do povo no processo político. Esta participação democrática perfaz-se por instrumentos, que possibilitam o exercício da cidadania, entre eles, destacam-se os movimentos sociais. Existe uma relação direta do movimento social com a democracia, aquele existe apenas em sistemas democráticos, enquanto que a democracia exige a participação da sociedade civil nos espaços estatais. O movimento social consiste em uma organização estruturada com o intuito de agregar pessoas para a defesa ou promoção de direitos, contendo identidade social e forma peculiar de pensar e agir coletivamente para alcançar o bem comum e uma nova ordenação da vida. As particularidades do movimento social, permitem vislumbrar que a expressão maior da participação cívica contribua para uma mudança cultural na sociedade, uma vez que, com objetivos comuns, as diversidades são superadas fomentando uma relacionalidade, que tenha por escopo a ética, a partilha e a fraternidade. Com a compreensão da fraternidade em seus diversos desdobramentos - histórico, político, jurídico, ético – a análise permite indicar como a fraternidade contribui para que a pessoa respeite o outro, aceite as diferenças socioculturais e econômicas, com ênfase ao senso de pertencimento coletivo. Nesse sentido, este artigo tem a finalidade de verificar se tomam parte dos movimentos sociais e coopera na construção de uma nova cultura relacional, que seja mais humana, justa e fraterna.