
A fábrica do sensível
Author(s) -
Luiz Cláudio Costa
Publication year - 2016
Publication title -
revista vis/vis
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2447-2484
pISSN - 1518-5494
DOI - 10.26512/vis.v14i2.19788
Subject(s) - humanities , logos bible software , philosophy , art , theology
Defendendo a estética como terreno afinado com a batalha pela emancipação de novas formas da subjetividade política, Jacques Rancière ressalta o papel da arte como experiência contraditória do sensível. A experiência estética transforma e redesenha a partilha do sensível, a divisão que predetermina as formas de “ser em comum”. Mais do que criação subjetiva oposta a regras comuns, a arte diz respeito à produção de uma ideia de comunidade fundada no dissenso. Dividindo a partir do interior determinada situação do sensível, a arte reconfigura as possibilidades da percepção, do pensamento e da ação, bem como redistribui as competências na comunidade. A arte educa, fazendo-nos habitar uma potência heterogênea que aproxima ordens contraditórias como saber e não saber, logos e pathos, autonomia e heteronomia.