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Ensinando Vetores Para o 1º Ano do Ensino Médio: proposta de Ensino Investigativo com o uso do experimento “Roda de Vetores”
Author(s) -
Alessandro Freitas,
Olavo Leopoldino da Silva Filho,
Marcello Ferreira
Publication year - 2019
Publication title -
revista do professor de física
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2594-4746
DOI - 10.26512/rpf.v3iespecial.25866
Subject(s) - humanities , philosophy
A disciplina de Física no Ensino Médio e no Ensino Superior apresenta conteúdos muito extensos, não raro exigindo base matemática muito elevada. O uso de vetores é, entretanto, pouco desenvolvido. Neste trabalho introduzimos o conceito de Vetores, em particular a decomposição de vetores, com o objetivo de preparar o aluno para disciplinas que exigem aprofundamento relacionado ao tema dos vetores. Para atingir o objetivo mencionado, partimos das ideias de Mathew Lipman e David Ausubel, sintetizadas em Silva Filho e Ferreira (2018). Lipman, criador do programa de Filosofia para Crianças. Esta abordagem se fundamenta na construção de diálogos filosóficos que estimulem o pensar crítico das crianças e adolescentes. Sua característica fundamental é a valorização do pensamento crítico, capacidade de expressar os conceitos com as próprias palavras, pensamento cuidadoso e bem fundamentado, de modo a permitir ao aluno interpretar situações do cotidiano, relacionando o crescimento tanto pessoal quanto interpessoal em âmbito investigativo. De fato, Lipman (2001) defende que o raciocínio é fundamental para o desenvolvimento da ética, no sentido de facultar ao aluno encontrar relações entre seu conhecimento e a experiência, descobrir alternativas de ação, justificar crenças, substanciar a generalização e/ou o reconhecimento de casos não generalizáveis. Lipman (2001) afirma que seu programa de Filosofia para Crianças incentiva as crianças a pensarem por si mesmas e as ajudará a descobrirem os rudimentos de sua própria Filosofia de vida. Fazendo isso, ajudará a desenvolverem um senso mais concreto de suas próprias vidas. (LIPMAN, 2001). Para David Ausubel, a aprendizagem deve ser significativa, implicando que o conhecimento adquirido não o seja de forma arbitrária, mas ancorado (subsumido) na estrutura cognitiva dos aprendizes através de conceitos chamados subsunçores. Assim como a abordagem de Lipman, a Aprendizagem Significativa de Ausubel é uma representante do cognitivismo (MOREIRA;MASINI, 2016). Os conhecimentos prévios dos aprendizes, chamados subsunçores, devem ser levantados por questionários ou outra ferramenta capaz de fazê-lo, pois seu conhecimento é crucial para o desenvolvimento de aprendizagem significativa. Uma vez de posse do conjunto de subsunçores apresentados pela turma, faz-se necessário desenvolver os organizadores prévios – técnicas capazes de movimentar os subsunçores de modo a colocá-los em condição de concretamente ancorar o aprendizado subsequente. Como mostrado em Silva Filho e Ferreira (2018), é possível uma síntese suave entre a abordagem descritivo-psicológica de Ausubel e aquela axiológico-educacional de Lipman. Esta última permite construir uma ponte entre as descobertas da psicologia cognitiva de Ausubel e o contexto concreto de sala de aula.

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