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Filosofia e Informação? Reflexões
Author(s) -
Jaime Robredo
Publication year - 2012
Publication title -
revista ibero-americana de ciência da informação
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1983-5213
DOI - 10.26512/rici.v4.n2.2011.1671
Subject(s) - humanities , philosophy
O uso do termo ‘informação’ no vocabulário científico é bastante recente e seu status como objeto de estudo da ‘ciência da informação’ – esta mesma sujeita a controvérsia no que diz respeito a seus fundamentos, escopo, limites e desdobramentos – ainda mais recente. A partir de algumas definições surgidas em diferentes momentos do processo evolutivo das acepções atribuídas pelos estudiosos mais renomados aos termos ‘informação’ e ‘ciência da informação’, pode-se observar uma persistente tendência a concentrar o foco de numerosas pesquisas nos desdobramentos práticos de epistemes seculares ou mesmo milenares não percebidos e que, conseqüentemente, ficam na sombra. É no estudo da representação e organização da informação e do conhecimento que se encontrarão os fundamentos da ciência da informação. É sempre alguma linguagem (natural, verbal, escrita, artificial, etc.) ou código de sinais do tipo que for, que permite externar o conhecimento, comunicar, registrar e transmitir a informação, que, por sua vez, via interação de novas informações com os conhecimentos individuais ou coletivos já adquiridos, gera novos conhecimentos. Pura teoria do conhecimento em tempos da Web, que permite reproduzir e difundir a informação ad infinitum. E, o que é mais importante: a informação, diferentemente da energia, dos alimentos ou do dinheiro, não se esgota com o uso; bem pelo contrário, se multiplica, se transforma, se enriquece. Daí nasce o grande interesse da ciência da informação como catalisador de conhecimentos com rigor científico.

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