
A ARETÉ COMO IDEAL FORMATIVO DA PAIDEIA GREGA
Author(s) -
Lídia Maria Rodrigo
Publication year - 1969
Publication title -
revista sul-americana de filosofia e educação
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1679-8775
DOI - 10.26512/resafe.v0i26.4859
Subject(s) - paideia , philosophy , ideal (ethics) , humanities , epistemology , theology
Como princípio formativo da paideia grega, o conceito de areté (virtude) referia-se, em termos gerais, a um ideal de excelência humana. Inicialmente ligado à antiga cultura aristocrática, restrita à nobreza, teve como paradigma as figuras exemplares de deuses e heróis. No período clássico, a virtude foi redefinida pelos sofistas, visando atender às necessidades educativas da polis, por meio do ensino da areté política, centrada na retórica. No mesmo período, a filosofia platônica concebeu a virtude como um ideal moral, resultado da relação entre uma boa natureza e uma boa educação. À educação competia gerir os impulsos contraditórios da alma, harmonizando-os, pela superação do antagonismo ente razão e paixões. Estas distintas visões formativas coexistiram no período clássico, atestando a riqueza cultural da antiga Grécia.