
SILÊNCIO E SOLIDÃO: ALGUMAS QUESTÕES SOBRE FILOSOFIA MORAL EM HANNAH ARENDT
Author(s) -
Indi Nara Corrêa Fernandes
Publication year - 2019
Publication title -
pólemos
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2238-7692
DOI - 10.26512/pl.v8i15.23877
Subject(s) - philosophy , humanities , subject (documents) , library science , computer science
Os ensaios e aulas de Hannah Arendt reunidos na obra Responsabilidade e julgamento são o fio condutor deste artigo, que pretende abordar algumas questões morais retomadas pela autora após a publicação de Eichmann em Jerusalém ”“ Um relato sobre a banalidade do mal, tendo como foco investigativo a relação do ser humano consigo mesmo, ou seja, a relação silenciosa característica do sujeito que pensa. A autora apresenta a tese segundo a qual, mesmo com a ausência de outros, o sujeito não se encontra totalmente sozinho, ou seja, compartilha de si mesmo. Levando essa premissa em consideração, Arendt afirma que o maior mal, tratado em sua obra Eichmann em Jerusalém, é cometido por aquele que se recusa a pensar, ou melhor, por aquele que não se reconhece mais como seu próprio interlocutor, abandonando a si mesmo e deixando de se constituir como alguém.