
HOMEM COMO PRINCÍPIO, CENTRO E FIM DA RELIGIÃO
Author(s) -
Vítor Rodovallho Amaral
Publication year - 2018
Publication title -
pólemos
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2238-7692
DOI - 10.26512/pl.v6i12.11760
Subject(s) - philosophy , humanities
Neste artigo pretendemos apresentar ”“ e não defender ”“ as principais teses de Feuerbach em sua mais famosa obra, “A essência do cristianismo” (1841), em especial a tese de que Deus é a projeção inconsciente e involuntária dos atributos essenciais da natureza humana. Para Feuerbach, Deus não possui existência externa ou independente do homem, mas é a própria essência humana objetificada, porém confundida com uma essência transcendente. Assim, mostraremos que o desenvolvimento desta tese culmina, para Feuerbach, na revelação dos principais “segredos” e “contradições” do cristianismo, permitindo ao homem a “reapropriação” de sua essência alienada em Deus. Desenvolvendo esse pressuposto, Feuerbach apresenta o papel central da imaginação na religião, sua relação com os desejos e sentimentos do coração humano, bem como a felicidade como o fim último da religião. Com isso, o filósofo pretende provar que o homem é o princípio, centro e fim da religião, e que esta se reduz inteiramente à antropologia.