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KANT E O COMÉRCIO PSICO-FÍSICO
Author(s) -
Márcio Tadeu Girotti
Publication year - 2013
Publication title -
pólemos
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2238-7692
DOI - 10.26512/pl.v1i2.11537
Subject(s) - philosophy , humanities
Diante da crítica kantiana lançada às concepções metafísicas sobre a doutrina da alma, buscaremos abordar a questão do comércio psico-físico (troca de informações), entre o mundo sensível e suprassensível, ou, entre a alma, o corpo e o espírito. A problemática do comércio psico-físico é tratada por Kant na obra Sonhos de um visionário explicados por sonhos da metafísica (1766), por conta da figura de Swedenborg, um entusiasta do mundo suprassensível, um visionário sueco, que afirma ter contato com o mundo dos espíritos. Com isso, Kant aborda a definição do conceito de espírito, bem como o problema da relação alma e corpo, dentro da questão da impenetrabilidade: como pode um ser imaterial ocupar um ser material? Na Dissertação de 1770, Kant retoma a questão acerca das relações que se estabelecem entre corpos físicos e entre tais corpos e uma possível unidade do Mundo encontrada em um ser fora do mundo, ou uma causa comum (única): Deus. Essas relações, em certo sentido, fazem referência ao comércio psico-físico estabelecido nos Sonhos de um visionário. Já na Crítica da razão pura (1787), a questão é retomada com referência à crítica de Kant às teorias tradicionais da doutrina pura da alma, que não são senão “paralogismos da doutrina transcendental da alma, a qual é tomada falsamente como ciência da razão pura sobre a natureza do ente pensante” (KrV, B 403). Nesse sentido, trataremos a questão entre as três obras citadas, buscando, ao menos, levantar a questão da possibilidade da comunicação entre um mundo e outro.

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