z-logo
open-access-imgOpen Access
SE HÁ UM EQUÍVOCO NO CETICISMO ATRIBUÍDO A HUME
Author(s) -
Rafael Bittencourt Santos
Publication year - 2012
Publication title -
pólemos
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2238-7692
DOI - 10.26512/pl.v1i1.11488
Subject(s) - philosophy , humanities , physics
David Hume é comumentemente tido como um cético radical acerca do conhecimento causal. Isso porque o filósofo explicitamente declara que as inferências causais não procedem de uma operação da razão, mas da imaginação, de tal modo que, e neste ponto pretendo mostrar que tal interpretação sobre o texto é falha, é irracional crer em raciocínios causais. Pretendo indicar que é improvável que Hume tenha assumido tal posição e, além disso, que a atribuição desse tipo de ceticismo ao escocês é inadequada, pois depende de uma certa concepção de conhecimento, a qual Hume provavelmente não aderira. O ceticismo do filósofo se dirige com toda a carga contra a metafísica, tal como entendida em sua época, porém perde sua força contra a "ciência empírica". Para tanto, precisarei mostrar como é possível que um princípio não-racional - o hábito - atue para evitar o critério cético (a equipolência dos argumentos) e criar as bases para um possível saber. Isso passará pela explicação de como o hábito é condição de possibilidade do conhecimento e de uma aposta no "método", isto é, numa "lógica indutiva".

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here