
Geografia e narrativas de viagem como ferramentas imperialistas
Author(s) -
Souzana Mizan
Publication year - 2012
Publication title -
cadernos de linguagem e sociedade
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.1
H-Index - 3
eISSN - 2179-4790
pISSN - 0104-9712
DOI - 10.26512/les.v13i1.11827
Subject(s) - humanities , philosophy , art
Narrativas de viagem e a geografia são consideradas, nos dias de hoje, como maneiras de conhecer povos e lugares de locais remotos do nosso mundo globalizado (Holland e Huggan, 2000: 2). Contudo, é de suma importância para o nosso entendimento do imperialismo e seu aparato reconhecer que a geografia e as narrativas de viagem foram usadas no percurso da história como ferramentas para articular a autoridade de status quo (Pratt, 1992). Este artigo traça uma breve genealogia desses gêneros textuais com o objetivo de discutir e mostrar que geografia e narrativas de viagem empregam um tipo de discurso que sustenta ideologias dominantes. Examinamos o arcabouço conceitual dessas instituições científicas, cuja aparente objetividade e inocência embaçam os conceitos hegemônicos nos quais seus discursos são fundados. Sugerimos que seus sistemas de pensamento são formados pelo contexto social que "polui" suas representações.