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Charlie Hebdo, secularização e escatologia
Author(s) -
Fabio Mourilhe
Publication year - 2016
Publication title -
história, histórias
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2318-1729
DOI - 10.26512/hh.v4i7.10927
Subject(s) - humanities , philosophy , art
Este trabalho tem por objetivo tratar dos aspectos relacionados à prática e ao espírito do Charlie Hebdo por ocasião do assassinato de membros de sua equipe. Para atingir tal intento, consideramos de antemão a modernidade como aquela que se apropria do padrão escatológico cristão de forma secularizada, tal qual é apontado por Löwith, o que indica uma especificidade para as ideias de “fim da história” e “fim da arte” em Hegel. Os objetivos específicos incluem apresentar o semanário, delimitar as características e consequências do atentado, determinar os aspectos mais significativos indicados pela comissão sobre laicidade, analisar o extremismo islâmico e suas polarizações, e verificar o método específico do Charlie Hebdo de combate ao extremismo. A prática da secularização na França atual serviria para justificar e defender os posicionamentos assumidos no Charlie Hebdo. A escatologia moderna, presente nas ideias de fim da arte e fim da história, permite que nos aprofundemos na questão. Não se pode falar em um fim sem que se considere um começo, pois aqui há sobrevivência e morte. Com artistas que expõem sua opinião e, mesmo sabendo que correm risco, pagam com a própria vida, temos uma proximidade com a concepção do humor, como a destruição da arte por ela mesma.

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