
Tendências da hanseníase nas Mesorregiões do Pará, um Estado hiperendêmico do Norte do Brasil, 2004-2018
Author(s) -
Ivone Diniz Chaquiam,
Emanuele Rocha da Silva,
José Natanael Gama dos Santos,
Belmiro Figueiredo Vinente Neto,
João Victor Filgueiras Mota,
Raiula Gabriela da Silva Teixeira,
Rebeca Lima Braga,
Waltair Maria Martins Pereira
Publication year - 2021
Publication title -
revista eletrônica acervo saúde
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2178-2091
DOI - 10.25248/reas.e6274.2021
Subject(s) - medicine
Objetivo: Analisar a tendência da detecção da hanseníase, na população em geral, nas Mesorregiões do estado do Pará, Brasil, no período de 2004 a 2018. Métodos: Estudo ecológico exploratório utilizando o banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Foram incluídos os casos de hanseníase residentes no estado de Pará. Estudadas 57.537 notificações de caso, considerando as variáveis: sexo, raça/cor da pele, idade, escolaridade, município de residência, ano da detecção da doença, classificações por forma clínica e operacional. Resultados: As maiores proporções de detecção foram observadas nas Mesorregiões Sudoeste Paraense (63,76%), Baixo Amazonas (62,94%), Sudeste Paraense (60,65%) e Marajó (60,15%). O risco para a manutenção da transmissão da doença esteve presente nas Mesorregiões Sudeste Paraense (1.476,98/100.000hab.) e Sudoeste Paraense (1.218,42/100.000hab.). A forma clínica dimorfa predominou na notificação, seguida pela forma indeterminada. A distribuição geográfica evidenciou que 2/3 do Estado apresentou área hiperendêmica, com altas taxas, envolvendo as Mesorregiões Sudeste Paraense (97,58/100 mil hab.), Sudoeste Paraense (83,19/100 mil hab.) e Marajó (84,17/100 mil hab.). Conclusão: O estudo da hanseníase no estado do Pará aponta comportamento não homogêneo e condições desfavoráveis para o controle, identificando a necessidade urgente de estratégias para tornar eficazes as ações de controle da doença.