Experiências vivenciadas em atendimentos de medicina e enfermagem do SUS: reflexões sobre acesso e atenção à saúde de migrantes internacionais

Objetivo: Apresentar os entraves encontrados por migrantes internacionais, no acesso e atendimento em serviços de saúde. Relato de experiência: As experiências relatadas foram vivenciadas por estudantes de graduação, dos cursos de Medicina e Enfermagem em um Hospital de Clínicas Universitário e nas UBS de uma cidade de Minas Gerais. Os atendimentos permitiram identificar três pontos que merecem destaque, quais sejam: falhas na comunicação como uma via de mão dupla (profissional-usuário); perda de autonomia nos processos decisórios de saúde (principalmente das mulheres) e, inabilidade com competências culturais por parte dos profissionais, que podem gerar impactos nas condutas de promoção, prevenção e proteção da saúde. Considerações finais: Além do acesso, questiona-se a qualidade dos serviços de saúde prestados aos migrantes internacionais, no tocante às demandas apresentadas e sua resolutividade. Ações como políticas públicas específicas para migrantes internacionais, contratação destes nos serviços de saúde, mudanças no processo formativo dos profissionais da saúde, para inserção de competências culturais e, capacitação profissional, nos parecem boas possibilidades como mecanismos de enfrentamento conjunto para garantir que os direitos humanos sejam cumpridos sem distinção de nacionalidade, em especial, o direito universal à saúde, foco desse manuscrito.