
Esclerite necrosante em paciente lúpica: relato de caso
Author(s) -
Carla Daniele Nascimento Pontes,
Rodrigo Bona Maneschy,
Rudival Faial de Moraes,
Lucianna Serfaty de Holanda,
Valeria da Silva Campos,
Karen Giovana Leal Matos,
Natália Rodrigues Eugênio,
Natalia Xavier Silva Chini,
Brenna Pinheiro Mota Brabo de Oliveira,
Íris Malato Corrêa,
Ivy de Almeida Cavalcante e Silva,
Carolina Tavares Carvalho,
Ian Silva Rodrigues,
Faisal Mesquita Salmen Hussain,
Leonardo Santos da Silva
Publication year - 2019
Publication title -
revista eletrônica acervo saúde
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2178-2091
DOI - 10.25248/reas.e271.2019
Subject(s) - medicine , gynecology
Introdução: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença com elevado custo de tratamento, o qual está diretamente relacionado à gravidade do LES e, apesar dos esforços internacionais em pesquisas, permanece como agravo sem etiologia completamente definida, porém com fatores de risco e fisiopatologia cada vez mais elucidados. Episclerite e esclerite são vistas no LES e podem ser a característica da doença, e apesar de incomuns, podem ser os achados iniciais e preceder outras manifestações, sendo sua ocorrência usualmente indicativa de doença em atividade. Relato: Paciente do sexo feminino, 23 anos, procedente de sua residência, admitida na enfermaria com antecedente pessoal de LES há 6 anos, porém sem tratamento e com queixa de perda súbita da visão. Anteriormente à internação, a paciente apresentou febre, cefaléia, mal-estar geral e dor ocular intensa. Utilizou anti-inflamatório oral para alívio. Evoluiu com perda da visão, dor ocular e hiperemia com opacidade ocular central notada por familiares. Iniciou tratamento com prednisona e azatioprina, acompanhamento da reumatologia e oftalmologia. A principal hipótese diagnóstica foi esclerite necrosante, complicação do LES, devido perda visual súbita. Realizou pulsoterapia. Apesar da melhora clínica, permaneceu com diminuição da função visual. Durante a internação evoluiu com outras intercorrências. Recebeu alta, com diagnóstico de LES e esclerite necrosante e tratamento de manutenção. Conclusão: A esclerite necotizante anterior, embora rara, é extremamente grave pois pode levar a perda visual irreversível e, portanto, uma identificação e tratamento precoce são fundamentais para minimização de potenciais complicações.