
Avaliação das reações adversas e do desfecho clínico em pacientes tratados para tuberculose multirresistente em um hospital de referência na cidade de Belém, Pará
Author(s) -
Dayanne Aline Bezerra de Sá,
Christe Ellen Batista Fanzlau,
Maitê dos Santos Feitosa,
Maísa dos Santos Feitosa,
Renan Reis Caldas,
Nayara Henestyne Cantuária Figueiredo,
Victor Hugo Monteiro Pontes,
Carlos Augusto Abreu Albério
Publication year - 2018
Publication title -
revista eletrônica acervo saúde
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2178-2091
DOI - 10.25248/reas.e203.2019
Subject(s) - medicine , gynecology
Objetivo: Avaliar o impacto de reações adversas no desfecho clínico em pacientes tratados para tuberculose multirresistente. Metodologia: Estudo observacional analítico do tipo coorte retrospectivo dos casos de TBMR cadastrados no SITE-TB, que realizaram tratamento no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2015. Resultados: Foram avaliados 152 pacientes com uma média de idade de 40,2 anos, predominando o sexo masculino (65,1%). A maioria dos pacientes se concentra na região metropolitana de Belém (73,7%), com predomínio de desempregados (25%). Parcela significativa apresentou resistência secundária (88,2%). Em relação ao consumo de drogas, o uso do álcool foi mais frequente (20,4%), seguido por drogas ilícitas (16,5%) e tabaco (5,3%). A presença de comorbidades foi de 27,6%, sendo que o Diabetes Mellitus foi a mais comum (23%). Metade dos pacientes do estudo apresentou reações adversas e as mais frequentes foram artralgia (31,6%), epigastralgia (15,1%) e neuropatia periférica (5,3%). O desfecho clinico favorável ocorreu em 77% dos casos. Dentre os pacientes que apresentavam comorbidade, a maioria apresentou desfecho favorável (88,1%). Assim como, os que apresentaram efeitos adversos também tiveram mais desfecho favorável (79,0%), entretanto, esse dado não obteve significância estatística (p=0,563). Os usuários de drogas ilícitas e tabaco apresentaram maior frequência de desfecho desfavorável (56,0% e 62,5%, respectivamente). Conclusão: A tuberculose multirresistente se mantém como um importante problema de saúde pública, com frequência elevada, principalmente entre a população economicamente ativa.