
O PERCURSO EPISTÊMICO DO SÁBIO NA METAFÍSICA DE ARISTÓTELES
Author(s) -
Carlos Wagner Benevides Gomes
Publication year - 2015
Publication title -
revista expressão católica
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2357-8483
pISSN - 2237-8782
DOI - 10.25190/rec.v4i2.1429
Subject(s) - philosophy , humanities , epistemology
Aristóteles (383-322 a.C) foi considerado, dentre os primeiros pensadores (os Pré-Socráticos), o responsável pela pesquisa sistemática da filosofia. Aristóteles, em Metafísica, explicita com a chamada “filosofia primeira” o problema de um conceito de Sabedoria e da “ciência investigada”, que é a do ser enquanto ser. Diferente da tradição platônica, Aristóteles propôs uma filosofia voltada para o mundo exterior, pois enquanto o conhecimento para Platão tinha relação com uma “reminiscência das formas” (Teoria das Ideias ou das Formas), para Aristóteles o conhecimento se diz de muitas maneiras, porque relaciona-se aos diversos modos de captarmos os objetos pelas senso-percepções. Este artigo tem como objetivo explicitar, a partir da Metafísica, nos Livros I (capítulos 1, 2 e 3), II (capítulo 1) e III (capítulo 1), o processo epistemológico do Sábio (Sophos), perpassando pelos elementos que conduzem à Sabedoria (Sophia) como ciência teórica. Por conseguinte, analisa-se alguns conceitos pertinentes às seguintes problemáticas do conhecimento humano: a senso-percepção, a imagem, a memória e a experiência. Além de, a questão do Sábio, as Causas, a investigação da verdade e as ciências especulativas e práticas. Portanto, conclui-se que Aristóteles mostrou o percurso das senso-percepções à formulação do “Universal” que conduz o filósofo à Sabedoria, ou seja, aos princípios primeiros que consistem no conhecimento das causas de todas as coisas, à medida que o Sábio enfrenta algumas dificuldades (Aporia).