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Quarup: funeral para enterrar vivo o discurso fascista
Author(s) -
Ana Paula Grillo El-Jaick
Publication year - 2020
Publication title -
abralin
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 0102-7158
DOI - 10.25189/rabralin.v19i3.1724
Subject(s) - humanities , philosophy , political science
O objeto de análise deste artigo é o discurso proferido pelo atual presidente do Brasil na 75ª edição da Assembleia Geral das Organizações das Nações Unidas (ONU), em 22 de setembro de 2020. Nele me interessa a explícita vontade presidencial de estabelecer uma verdade sobre a Amazônia e o Pantanal, colocando em disputa o que deve ser chamado de “informação” ou de “desinformação”. Nesse caso estão em jogo a existência ou não de queimadas nas florestas, a ocorrência ou não de destruição do meio ambiente, e, consequentemente, a política ambiental em curso, a legislação de crimes contra a natureza em aplicação. O objetivo mais geral desta investigação é fazer, conforme propunha M. Foucault, um diagnóstico do tempo presente – aqui, mais exatamente do Brasil de agora. Como objetivos específicos quis observar as condições que permitem a produção de um discurso mentiroso pelo representante maior do Poder Executivo de um país diante de outros líderes igualmente representativos. Para tal exame, me valho da “caixa de ferramentas” proposta por Foucault como um método de análise de discurso não apenas da cena política brasileira contemporânea, como desta no cenário internacional. Tendo como resultado da análise a formação de um discurso bélico fascista, concluo pela chamada a uma boa utopia, acreditando poder haver resistência no e pelo discurso.

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