
Fake News, vacina e os tipos de desinformação
Author(s) -
César Augusto Gomes
Publication year - 2021
Publication title -
cadernos de linguística
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2675-4916
DOI - 10.25189/2675-4916.2020.v1.n4.id267
Subject(s) - humanities , philosophy
O objetivo central deste estudo é selecionar e analisar textos relacionados à questão das vacinas e de saúde pública que circularam entre janeiro e abril de 2018, época em que o país viveu um surto de febre amarela na Região Sudeste, nos sites de redes sociais digitais, que foram verificados e publicados pelo site Boatos.org. Caracteriza-se como uma análise de natureza qualitativa e usa como metodologia os Sete Tipos de Desinformação (WARDLE e DERAKHSHAN, 2017) para o fim de classificar tais informações e compreender seu processo de construção. Num segundo momento, procura levantar hipóteses para seu processo de disseminação e elenca possíveis soluções para a resolução do fenômeno. No período analisado, foram encontradas no site um total de 07 notícias sobre o tema examinado e a quase totalidade delas foram classificadas como Conteúdo Enganoso (a manipulação / distorção intencional de informações factuais) e Conteúdo Fabricado (conteúdo novo que é 100% não factual, criado para ludibriar prejudicar). Na origem do processo de disseminação estão: (a) motivação financeira: sites ganham dinheiro com cliques em matérias e as fake news viralizam mais do que as notícias factuais; (b) teoria dos Laços Sociais: para Granovetter (1973) as pessoas tomas decisões pelo aval de suas relações de “Laços Fortes”. Sabendo disso, os produtores de informações não factuais investem (I) na produção de textos mais informais e próximos dos leitores e (II) na disseminação da informação pelas mídias sociais apostando nos vínculos afetivos.