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A vitalização da língua Kokama além das fronteiras entre o Brasil e Peru
Author(s) -
Altaci Corrêa Rubim
Publication year - 2020
Publication title -
cadernos de linguística
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2675-4916
DOI - 10.25189/2675-4916.2020.v1.n3.id268
Subject(s) - art , humanities
Vitalizar uma língua é dar força ou vigor à sua dinâmica de existência. É ter a língua nos rituais dos pajés, nas brincadeiras de roda, nas contações de histórias antigas, nas danças, nas músicas, nos artesanatos, nas vestimentas, nas pinturas e na vida da aldeia, mesmo que seja como segunda língua. Esse processo tem sido vivenciado pelo povo Kokama do Brasil e do Peru, por meio de decisões que levam a língua de seus ancestrais a ocupar espaços comunicativos dentro e fora das aldeias. Este artigo tem como objetivo apresentar a trajetória da vitalização da língua Kokama apresentada no evento “Viva Língua Viva”, no ano internacional das línguas indígenas de 2019. A vitalização está ligada à conquista do território por meio da língua, assim como a ocupação dos espaços físicos e digitais no século XXI, como os Centros de Ciências e Saberes Tradicionais Kokama, conhecidos como Museu Vivo, Lua Verde e Antonio Samias, e os Centros de Educação Escolar Indígena Atawanã Kuarachi Kokama e Tsetsu Kamutun, que são locais que vitalizam a língua. Nessa perspectiva, também são criados aplicativos que ocupam os espaços digitais produzidos por jovens, adultos e anciãos Kokama. A metodologia de pesquisa é baseada no mapeamento situacional de cunho etnográfico. Como resultado, observou-se que esses pequenos espaços vitalizam a língua, onde crianças, jovens e adultos encontram a função social da língua ao expressar sua cultura por meio dos atos de fala.

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