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O lógos de Helena em Heródoto (2.112-120): Uma leitura à luz das estratégias de afirmação de autoridade
Author(s) -
Gabriel João Unger Carra,
Giuliana Ragusa
Publication year - 2020
Publication title -
codex : revista de estudos clássicos
Language(s) - English
Resource type - Journals
ISSN - 2176-1779
DOI - 10.25187/codex.v8i1.32139
Subject(s) - logos bible software , humanities , context (archaeology) , philosophy , poetry , theology , history , archaeology , linguistics
O presente artigo visa investigar, no Lógos de Helena (Histórias 2.112-120), as estratégias utilizadas por Heródoto para afirmar sua autoridade enquanto prosador e pensador. Inserido num contexto em que a poesia ainda era o discurso de autoridade por excelência, Heródoto precisou afirmar a veracidade de seus escritos. Destituído do valor de verdade inerente à canção inspirada pelas musas, do qual Homero e outros poetas arcaicos se valeram, o historiógrafo precisou fundar as bases da verdade sob as quais assentou sua obra. A leitura pormenorizada do Lógos de Helena, possibilita observar, de maneira privilegiada, como o historiógrafo lança mão de recursos retóricos, narrativos, diálogos com a poesia homérica e se vale do pensamento tradicional grego para, entrelaçados com seu método historiógrafo e com a própria narração de suas Histórias, realizar a construção de sua autoridade.This article aims to investigate, in Logos of Helen (Histories 2.112-120), the strategies used by Herodotus to assert his authority as a writer and thinker. Inserted in a context in which poetry was still the discourse of authority par excellence, Herodotus had to affirm the veracity of his work. Deprived of the value of truth inherent in the song inspired by the muses, which Homer and other archaic poets used, the historiographer had to found the foundations of truth on which his work was based. The detailed reading of Logos of Helen makes possible to observe, in a privileged way, how the historiographer uses rhetoric, narratives, dialogues with Homeric poetry and with the traditional Greek thought for, intertwined with his historiographic method and with the narration of Histories itself, constructs his authority.

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