
OBESIDADE INFANTIL E PRÁTICAS DE BULLYING: QUESTÕES PARA A FORMAÇÃO DOCENTE
Author(s) -
Leonor Dias Paini,
Ana Carolina Pereira Eugênio,
Ivone Pingoello,
Roberta Serra da Silva,
Sebastião Gazola
Publication year - 2018
Publication title -
educere
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1982-1123
pISSN - 1519-0099
DOI - 10.25110/educere.v18i2.2018.6698
Subject(s) - humanities , psychology , philosophy
O artigo expõe resultados de pesquisa quantitativa sobre a percepção de professores quanto a presença e interações sociais de alunos com obesidade. Os trabalhos aqui apresentados são parte integrante da pesquisa “A violência escolar e os seus múltiplos olhares: Proposta de intervenção na formação de professores do PARFOR da UEM” onde se inclui discussões sobre o tema bullying. Acreditamos ser, a obesidade, um fator desencadeador de problemas de ordem física e emocional, pois alunos que não se enquadram no padrão magro de beleza são alvos de bullying. Os participantes foram 78 alunos ingressantes em cursos de graduação PARFOR/UEM. Os dados revelaram que em todas as turmas dos 78 participantes, haviam alunos com obesidade e que esses sofriam preconceito e eram excluídos ou se autoexcluiam das interações sociais escolares. A partir dos dados levantados, podemos considerar que as crianças obesas, em sala de aula, sofrem preconceitos das crianças não obesas. Preconceito e exclusão são características das práticas de bullying e estão presentes em todas as escolas brasileiras. Essa é uma situação social que merece cuidado educacional, pois aprender a respeitar é parte integrante da aprendizagem que se constrói na família e no ambiente escolar. Não há interação se não houver respeito às diferenças, não há aprendizagem se não houver interação, não há vida se não houver saúde física e afetiva. Obesidade e bullying são temas que devem pautar toda formação docente.