
Perfil Sociodemográfico, Epidemiológico e Clínico dos Casos de Hiv/Aids em Adolescentes no Estado de Pernambuco
Author(s) -
João Victor Batista Cabral,
Siglya Soares Ferreira dos Santos,
Conceição Maria de Oliveira
Publication year - 2015
Publication title -
revista brasileira multidisciplinar
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2527-2675
DOI - 10.25061/2527-2675/rebram/2015.v18i1.345
Subject(s) - humanities , human immunodeficiency virus (hiv) , medicine , virology , art
Os adolescentes constituem um grupo que vem, nos últimos anos, apresentando importante vulnerabilidade e exposição a situações de riscos, sendo a infecção pelo HIV uma importante forma de expressão desta vulnerabilidade. Esta é a faixa de idade que apresenta a maior incidência de Infecções Sexualmente Transmissíveis, visto que mais de 25% dos novos casos de infecção pelo vírus HIV ocorrem entre jovens com menos de 25 anos. O objetivo deste estudo foi descrever o perfil sociodemográfico, epidemiológico e clínico dos casos de HIV/Aids em adolescentes no estado de Pernambuco, ocorridos no período de 2007 a 2012. Realizou-se um estudo epidemiológico do tipo seccional com todos os casos de HIV/Aids em indivíduos na faixa etária dos 13 a 19 anos, cadastrados no Sinan. Ao longo do período estudado constatou-se um crescimento do Coeficiente de Detecção dos casos de HIV/Aids em adolescentes, variando de 0,87 (2007) a 3,59 (2012) por 100.000 habitantes, com acréscimo de 312,64%. Estes casos caracterizaram-se por em sua maioria serem do sexo feminino (56,59%), com idade de 18 e 19 anos (67,45%), de raça/cor parda e negra (58,91%), residentes na zona urbana (95,35%), estarem concentrados de acordo com município de residência, notificação e tratamento em Recife e Jaboatão dos Guararapes, terem se infectado por meio de relações sexuais (74,42%), sendo, entre os homens (40,63%) através de relações homossexuais e entre as mulheres (93,75%) por meio de relações heterossexuais. A maioria dos casos foram definidos pelo critério CDC Modificado (93,80%) e (12,40%) evoluíram para óbito por Aids.