
DA VIOLÊNCIA INSTITUCIONALIZADA AO UNIVERSALISMO: A EMPATIA NO PROCESSO HISTÓRICO DE AFIRMAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
Author(s) -
Bianca Santana
Publication year - 2019
Publication title -
revista funec científica
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2318-5287
pISSN - 2236-4315
DOI - 10.24980/rfcm.v7i9.3383
Subject(s) - humanities , human rights , political science , philosophy , law
A influência que a sensibilidade humana exerceu sobre o processo histórico de afirmação dos direitos humanos foi de fundamental importância para a legitimação de tais direitos na era moderna. O objetivo precípuo deste artigo é, através de uma revisão teórica, traçar um breve panorama da evolução desses direitos em cotejo com os problemas existentes na política dos direitos humanos oficialmente aceita, relativamente à ausência de empatia, que se expressa através da capacidade de se colocar na posição do outro, autoprojetando-se na condição alheia. Para isso, o estudo se debruçará sobre os acontecimentos históricos que culminaram no abandono das práticas cruéis legitimadas pelo Estado e, posteriormente, acerca da identidade cultural do sujeito pós-moderno, para, por fim, analisar os problemas contemporâneos de direitos humanos. Observou-se que a questão da falta de empatia se deslocou da chamada violência institucionalizada para o menosprezo às particularidades culturais através da ideia de que os direitos humanos são universais. É necessário, portanto, para a superação desse novo paradigma a adoção de uma concepção multicultural de direitos humanos a fim de repelir imposições de uma cultura hegemônica sobre outras, eliminando a condição de subalternos e, consequentemente, a exclusão social.