
As Carrancas de Jacque, Lina e Emanoel: a estética do assombro em três coleções de arte popular
Author(s) -
Daniela Ortega Caetano dos Santos,
Priscila Faulhaber,
Museu de Astronomia e Ciências Afins
Publication year - 2019
Publication title -
modos
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2526-2963
DOI - 10.24978/mod.v3i3.4335
Subject(s) - art , humanities
Partiremos da análise da trajetória de três colecionadores de arte com diferentes perfis. Jacque Van de Beuque, artista plástico francês, nascido em 1922, buscou no Brasil, através do imaginário dos trópicos, esquecer os horrores da guerra e acabou por construir uma coleção que deu origem ao Museu Casa do Pontal; Lina Bo Bardi, arquiteta italiana nascida em 1914, chegou ao Brasil a convite de Assis Chateaubriand para construir do Museu de Arte de São Paulo e acabou por morar alguns anos na Bahia, período em que formou sua coleção de arte popular brasileira e, por fim, Emanoel Araújo, artista plástico baiano, nascido no Recôncavo em 1940, amealhou durante sua vida uma numerosa coleção que deu origem ao Museu Afro Brasil em São Paulo. Pretendemos então, avaliar o papel exercido pelos colecionadores e pelos museus no processo de formação de discursos sobre arte popular a partir da seleção e classificação dos artistas e de suas obras, ao definir quais os objetos que se destacam em suas coleções. Nossa comparação levará em conta como cada um dos três vê as carrancas do Rio São Francisco criadas do Mestre Francisco Biquica Guarany.