pré-história do Brasil no século do descobrimento.

Na apresentação dos arqueólogos brasileiros junto à comunidacle dos historiadores que participam do Congresso "América-92", quetemos sugerir o que pocleríamos fazer pelos historiadores e pela históriado contato euro-indígena mais do que simplesmente relatar o que se tem feito. Aliás, ern terrnos reais e cronológicos, não se poderia falar de "um contato" e sim cle "vários ccntatos" qúe, no tempo e no espaço,realizaram-se no Brasil entre as populações indígenas e os conquistaclores. Apenas oito anos separam a primeira viagem de Cristovão Colombo da clescoberta de Cabral e as circunstâncias clesses primeiroscorrtatos são muito parecidas; basta comparar os relatos do Almirante com a carta de Pero Vaz cle Carninha. A arqueologia ou os registros arqueológicos nesses encontfos não se¡iam muito cliferentes se suaiclentificação fosse possível e não tivessemos apenas reconstruções idealizadas por pintores românticos clo século XIX. Mas é possível, com a ajucla da arqueologia, teconstituir-se e identificar as primeirasfeitorias e estabelecimentos costeiros que iniciaram a grande gesta que inclui as Américas nos tempos tnocletnos. Para isso é necessário maiot interação entre historiadores e arqueólogos, cla mesma forma como se faz na arqueologia clássica ou na medieval, nas quais o clocutnento escrito, histórico ou literário, pode ser verificado positivatnente ou negativamente pelo registro arqueológico.