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Les datations archeologiques par thermoluminescence
Author(s) -
Gérard Poupeau
Publication year - 1983
Publication title -
revista de arqueologia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1982-1999
pISSN - 0102-0420
DOI - 10.24885/sab.v1i1.28
Subject(s) - humanities , geology , art , mineralogy , physics
Numerosos minerais naturais emitem luz quando são aquecidos. É o fenômeno da termoluminescência (TL). Para amostras recentes (isto é formadas ou removidas há menos de 50 000 anos ou de aproximadamente 1 milhão de anos segundo o tipo de material), a intensidade desta luz é proporcional ao tempo, permitindo assim uma datação. De criação relativamente recente (1970), as datações por TL estiveram durante todo um decênio praticamente limitadas às cerâmicas e, em menor escala, a outros objetos arqueológicos tendo sido intencionalmente ou não queimados: pedras de fogueiras, paredes de forno, artefatos líticos diversos. Para serem datáveis, todos esses objetos devem ter sido queímados a uma temperatura de pelo menos 400 a 500o C. O evento datado é então o da última passagem acima dessa temperatura. Experiências de simulação mostram que uma simples fogueira de madeira pode facilmente fazê-los atíngir essas temperaturas. Os programas alcançados em diversos laboratórios permitiram estender, a partir aproximadamente de 1975, a datação por TL a diversos tipos de materiais geológicos ocasionalmente associados a níveis argueológicos. Trata-se seja da datação de sedimentos eólicos: dunas de areia fósseis, loess, parte fina das sedimentos oceânicos, ou de depósitos calcaraeos (estalagmites, travertinos, etc... ) ou de rochas vulcânicas. Num caso (depósitos eólicos), o evento datado é da última exposição ao sol, que remete o "cronômetro" TL a zero, no outro (calcários, rochas vulcânicas) o evento datado é o da cristalização dos minerais. Numerosos problemas subsistem ainda para a aplicação das datações por TL aos materiais geológicos e, no futuro, aos fósseis. Contudo, os progressos consideráveis obtidos nesses últimos anos mostram que num futuro próximo a termoluminescência poderá intervir de forma decisiva na geocronologia dos últimos milhões de anos.

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