
Hematoma epidural espinhal pós-traumático agudo: um relato de caso
Author(s) -
Hugo ato Lustosa Correia,
Wendel Vilar Duque da Rosa,
Klícia Magalhães Pereira,
Jéssica Lima Carvalhido Antônio,
Wilson Okabayashi
Publication year - 2021
Publication title -
saber digital
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1982-8373
DOI - 10.24859/saberdigital.2021v14n3.1195
Subject(s) - medicine , paraplegia , epidural hematoma , hematoma , anesthesia , surgery , gynecology , spinal cord , psychiatry
Introdução: Traumas na coluna vertebral podem trazer graves complicações. Relata-se caso de trauma em coluna cervicotorácica, com complicações comuns, tais como fratura de vértebras e hemopneumotórax bilateral. Entretanto, uma outra complicação rara destacou-se, o Hematoma Epidural Espinhal (HEE). Um acúmulo de sangue no espaço epidural que comprimiu mecanicamente a medula espinhal. Esta compressão comumente causa déficits neurológicos temporários ou permanentes. O tratamento mais efetivo é a descompressão cirúrgica, com evacuação do coágulo. Objetivo: Descrever um caso de HEE pós-traumático, com seu desfecho, através da análise de prontuário e estudos em literatura. Relato de caso: Relata-se caso de paciente de 59 anos, sexo masculino, com hematoma epidural espinhal pós-traumático da coluna torácica, com déficit neurológico tardio, paraplegia e anestesia ao nível de dermátomo T6. Realizada laminectomia descompressiva de T3-T4, seguida de flavectomia que evidenciou volumoso hematoma epidural espinhal, ocupando 2/3 do canal medular. Após cirurgia houve melhora completa da anestesia, permanência da paraplegia, bem como perda de controle dos esfíncteres. Conclusão: O HEE é um evento raro, onde o diagnóstico precoce do hematoma e correção com a técnica de laminectomia descompressiva garantem ao paciente melhor prognóstico neurológico.