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Gendrificando o mito de sucessão em Hesíodo e no Antigo Oriente Próximo
Author(s) -
Adrian Kelly
Publication year - 2019
Publication title -
classica
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2176-6436
pISSN - 0103-4316
DOI - 10.24277/classica.v32i2.887
Subject(s) - humanities , philosophy , art
Este artigo reexamina um dos casos mais famosos de interação, o chamado Mito de Sucessão encontrado nas tradições grega arcaica, acadiana e hurro-hitita. Ele sugere que a versão dessa narrativa na Teogonia de Hesíodo, em lugar de indicar um modelo simplista de derivação direta, toca em um processo de interação mais rico e complexo, e que, portanto, esse nexo de textos do Oriente Próximo – incluindo a Canção de Emergência hitita (que costumava ser chamada Canção de Kumarbi), mas acrescentando a Teogonia de Dunnu e o Enuma Elish acadianos e uma variedade de narrativas posteriores da tradição greco-fenícia – pode indicar algo de fundamental sobre cada cultura, especificamente o modo pelo qual os gregos da época arcaica percebiam o gênero como um elemento essencial na sua construção dessas narrativas: ou seja, a figura da esposa-mãe, que nas tradições próximo-orientais pode assumir, e de fato assume, uma variedade de papéis, é consistentemente reduzida a uma função desestabilizadora, minando e subvertendo o domínio da divindade marido-pai. O estudo desses textos serve como uma ilustração clara do modo pelo qual a analogia transcultural é mais recompensadora do que uma genealogia buscada e definida de maneira estrita, que já foi a moda dominante do estudo comparativo no campo dos Estudos Clássicos.Tradução de Camila Aline Zanon

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