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Luto e escrita no diário de Walmir Ayala
Author(s) -
Daniele Ribeiro Fortuna
Publication year - 2019
Publication title -
veredas
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2183-816X
pISSN - 0874-5102
DOI - 10.24261/2183-816x0529
Subject(s) - humanities , art , philosophy
Este artigo analisa os três volumes do diário do escritor Walmir Ayala — escritos no final dos anos 1950 e publicados nas décadas de 1960 e 1970 —, principalmente no que diz respeito à sua relação com a morte. Com uma vasta obra, atualmente pouco conhecida do grande público, Ayala lançou diversos livros, entre romances, contos, coletâneas de poesia e peças de teatro. Sua escrita é marcada por um intenso interesse pela morte. Tal interesse parece ter relação com a perda de sua mãe, que morreu quando ele tinha apenas quatro anos. Em seus escritos, o próprio escritor revela que a perda de sua mãe teve uma importância crucial na sua trajetória. Esta perda é evidente em vários trechos de seu diário. Organizado em trechos fragmentados — como é comum nesse tipo de obra —, o diário apresenta inúmeros trechos nos quais o autor trata de solidão e luto. Antes de analisar o diário, porém, apresentamos um breve resumo da vida do escritor. Em seguida, abordamos a questão da morte, explicitando como a sociedade lida com ela atualmente. Posteriormente, refletimos sobre o caráter abjeto da morte. Por fim, tratamos do diário de Walmir Ayala. Dividido em três volumes, que somam quase quatrocentas páginas, a obra revela o estreito vínculo do escritor com a morte. Como referencial teórico, são utilizadas, principalmente, as obras de Ariès (2013), Kristeva (1982) e Rodrigues (1983).

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