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Estudo diacrônico da colocação pronominal em complexos verbais na escrita do PB e do PE (séculos XIX e XX)
Author(s) -
Carla da Silva Nunes
Publication year - 2016
Publication title -
laborhistórico
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2359-6910
DOI - 10.24206/lh.v1i2.4800
Subject(s) - chemistry , humanities , philosophy
Este artigo trata do tema da colocação do clítico “se” em complexos verbais nas amostras brasileira e europeia. Vale-se de corpus da modalidade escrita de editoriais, notícias e anúncios produzidos nos séculos XIX e XX. Com base na sociolinguística laboviana, desenvolve-se o tratamento estatístico dos dados provido pelo Goldvarb-X. Investigam-se, então, as trajetórias dos diferentes tipos de “se”, para se atestar as possíveis semelhanças e diferenças entre as escritas brasileira e europeia. Além disso, verifica-se se o comportamento dos dados reflete a existência de uma regra variável. Assim, analisam-se os possíveis condicionamentos linguísticos favorecedores de cl V1 V2 ( se pode fazer ), V1-cl V2 ( pode-se fazer ), V1 cl V2 ( pode se fazer ) e V1 V2-cl ( pode fazer-se ). Observa-se que a escrita, por vezes, aproxima as normas, como no contexto de início absoluto de período/oração, em se que recusa a próclise a V1 nas duas amostras, e aos complexos participiais, que não registram dados de ênclise a V2. Os padrões cultos escritos brasileiro e europeu assemelham-se, especificamente, no caso do indeterminador, nos dois séculos em questão. Por outro lado, o uso do reflexivo parece ser a questão central na diferenciação entre as duas normas estudadas. Enquanto os brasileiros parecem vincular suas escolhas aos tipos de “se”, em que o reflexivo tende a figurar adjacente a V2 (inclusive em próclise) e o indeterminador adjacente a V1, os europeus o fazem de forma mais suave e parecem relacionar suas escolhas também à forma do verbo principal e à presença de “proclisador”, especialmente com o indeterminador. A atuação do “proclisador” com o reflexivo é branda também no PE, mesmo assim, um pouco mais efetiva do que no PB. Ao final do século XX, as diferenças evidenciam-se ainda mais quando se registra o aumento da próclise a V2 no Brasil. No PE a variante não é empregada.

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