Olhares pluridiversos na comunicação de pesquisas

Existem muitas narrativas acerca do que é justo, do que é eticamente correto, do tipo de liberdade de expressão que se processa em determinado país, no mundo como um todo e, de forma particular, no mundo acadêmico. Esse tipo de manifestação muitas vezes pode ser saudável, desde que respeitadas as delimitações e alternâncias do que se entende como democracia propriamente dita, mesmo porque cada indivíduo tem o seu jeito próprio de se manifestar e deve ser respeitado em sua singularidade, bem como as instituições em sua especificidade. E como que se não bastasse muitos discursos são realizados para reforçar a garantia do direito a ter direitos, inclusive do contraditório. No entanto, parece que tais princípios são relativizados quando determinadas narrativas querem ocupar todos os espaços e fazerem-se a voz harmoniosa sobre todas as formas de expressão. Qualquer forma de privação de direitos – de defesa apaixonada de determinado pressuposto, ignorando o dos demais – ou beira à ignorância ou mesmo ao autoritarismo em sua forma mais sutil e, nesse caso, há que se contestar, há que relativizar e há que se buscar por sua superação.