O estereótipo e a necessidade de (contra)dizer em tempos de conservadorismo político-religioso

Este artigo analisa exemplos do discurso religioso, abordando a incidência e a relevância de estereótipos na sua constitutividade. Os dados são oriundos de uma controvérsia instituída pela discussão do PME (Plano Municipal de Educação) da cidade de Sorocaba e, mais especificamente, pelas falas de uma liderança religiosa da cidade quando vereadores propuseram retirar todas as menções as palavras “gênero”, “diversidade sexual” e “LGBTT” desse documento. Buscou-se identificar a constituição dos estereótipos como simulacros do discurso LGBTT para justificar a retirada destas palavras, apontando também a necessidade e estratégias de (contra)dizer estes estereótipos para reagir e resistir aos discursos produzidos pelos parlamentares e lideranças religiosas que reproduzem e reforçam o preconceito e a discriminação da comunidade LGBTT.