
Útero estéril e sepultura: a participação de Sara nas promessas feitas a Abraão
Author(s) -
Elizangela Chaves Dias
Publication year - 2018
Publication title -
revista de cultura teológica
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2317-4307
pISSN - 0104-0529
DOI - 10.23925/rct.i90.35776
Subject(s) - humanities , art
Este artigo tem o objetivo de apresentar a relação entre o útero estéril e a gruta sepulcral de Sara, bem como o significado de sua participação no ciclo ancestral de Abraão e Sara. Antes de anunciar a morte de Sara em Gn 23,1-20, a voz do narrador evoca na mente do ouvinte-leitor a “vida de Sara” (v.1) como um convite a olhar para trás e constatar que seu sepulcro, assim como seu útero estéril, não é espaço de morte, mas espaço de ressignificação da vida e da história na geração dos herdeiros da promessa-aliança. Se o útero estéril de Sara foi elemento chave para entrada de Israel na história, seu túmulo foi igualmente, a porta de acesso de Israel na posse da terra de Canaã. Ela é a primeira ancestral de Israel a ser introduzida no ventre da terra prometida, abrindo, assim, espaço para que os demais patriarcas e matriarcas da promessa com ela se reúnam (cf. Gn 25,7-11; 35,28-29; 49,29-32; 50,1-14).