
Antonio Candido, Eduardo Lourenço e Lino Micciché: a literatura brasileira no circuito da recepção externa do Cinema Novo
Author(s) -
Paula Regina Siega
Publication year - 2017
Publication title -
fronteiraz
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1983-4373
DOI - 10.23925/1983-4373.2017i19p163-180
Subject(s) - art , humanities , movie theater , art history
No presente trabalho, apresentamos e discutimos textos que abordam a literatura brasileira e que foram divulgados no circuito da circulação externa do Cinema Novo. Inicialmente, chamamos a atenção para a comunicação de Antonio Candido lida na mesa redonda dedicada ao movimento cinemanovista, em 1965, na Itália, assim como para textos de Carlos Diegues e Glauber Rocha. Em relação aos dois cineastas, evidenciamos como a literatura brasileira foi por eles delineada como antecedente cultural do Cinema Novo. Apoiando-nos na teoria de Jauss, entendemos a recepção crítica como evento criativo, e procuramos indicar de que forma os textos cinemanovistas funcionaram, para o crítico estrangeiro, como chave de leitura acerca das relações entre o jovem cinema e a literatura brasileira. Como exemplo desta recepção textual, tomamos em consideração os ensaios de Eduardo Lourenço e Lino Micciché sobre o Cinema Novo, publicados na Itália em 1969 e 1970, respectivamente.