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“Túmulo, túmulo, túmulo”, de Mário de Andrade e os jogos de identidades
Author(s) -
Fernando de Moraes Gebra
Publication year - 2017
Publication title -
fronteiraz
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1983-4373
DOI - 10.23925/1983-4373.2017i18p209-227
Subject(s) - humanities , art
Como intelectual preocupado com as questões sociais do seu tempo, Mário de Andrade (1893-1945) escreveu um conjunto de narrativas intitulado Os contos de Belazarte. Nesses contos, o autor não somente apresenta atitudes de experimentos com a linguagem, como também salienta uma postura ideológica ao enfatizar a descrição dos bairros operários de São Paulo e ao denunciar, por meio do discurso do narrador Belazarte, o imobilismo, o desenraizamento, a inercia e a apatia das personagens “sem letras nem cidade”. A escolha do conto “Túmulo, túmulo, túmulo” como corpus de análise permite um estudo das identidades das personagens Belazarte e Ellis, que se constroem na tensão entre o socialmente aceito e o conteúdo recalcado do desejo. Ao contrário dos outros contos, Belazarte mistura-se à matéria narrada, em jogos discursivos entre dizer e não dizer, saber e não saber, implícito e explícito. Dessa forma, o presente trabalho centra-se nas estratégias discursivas e nos efeitos de sentido gerados no conto, relativos ao desejo homoerótico reprimido.

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