
Corpos latinos: espaços biográficos que es/barram na/da fronteira epistêmica da exterioridade
Author(s) -
Marina Maura de Oliveira Noronha,
Edgar Cézar Nolasco
Publication year - 2021
Publication title -
relacult
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-7870
DOI - 10.23899/relacult.v7i4.2100
Subject(s) - humanities , philosophy , political science , sociology
Pensar em corpo, a partir de corpo epistêmico fronteiriço, justifica-se refletir acerca uma epistemologia outra descolonial, diferente dos discursos hegemônicos coloniais/modernos, os quais geram cultura e conhecimentos de suas diferenças coloniais. Assim, a proposta basilar deste trabalho, o qual dá-se atravessado pela crítica biográfica fronteiriça (NOLASCO, 2013), recai na importância de discutir a condição de “corpos” da fronteira-sul com suas práticas epistêmicas culturais, levando-se em conta, sobretudo, uma visada traçada pela Epistemologia do Sul (SANTOS, 2009), cujos saberes partem de um lócus geoistórico, no que se refere ao lócus de onde penso e erijo meu discurso crítico latino. Neste caso, o corpo epistêmico fronteiriço, tomado como uma opção descolonial, es/barra nos projetos e nas epistemologias coloniais/modernas arraigadas nos espaços fronteiriços. Para tanto, enuncio meu discurso teórico a pensar do corpo da exterioridade, demonstrando minha desobediência epistêmica de ser, pensar e re-existir com meu discurso cultural, social, político e teórico na/da fronteira de Mato Grosso do Sul. Acerca disso, por meio de histórias locais e não globais contempladas pela sapiência moderna objetiva-se, uma epistemologia outra da fronteira-sul que encampe as particularidades de sujeitos com seus fazeres/saberes específicos, assim como o meu/nossos “corpos” situados de onde se pensa,e que, por conseguinte, re-existem no âmbito da latinidade fronteiriça. Nesse ponto, trato com os teóricos/críticos, tais como: Gloria Anzaldúa (2007), Walter Mignolo (2017), Edgar Nolasco (2013), Bessa-Oliveira (2020), Ramón Grosfoguel (2009), Aníbal Quijano (2009), Zulma Palermo (2010) e outros que dialogam com a epistemologia contemplada.