
Pensar para além das etiquetas: alguma recepção do romance de 30 brasileiro
Author(s) -
João Felipe Barbosa Borges
Publication year - 2017
Publication title -
relacult
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-7870
DOI - 10.23899/relacult.v3i2.431
Subject(s) - humanities , philosophy , art
Parece consenso, nos manuais e livros didáticos de Literatura Brasileira, apontar o romance de 30 como um movimento de retorno ao Realismo oitocentista, não raro, reduzido a dois polos estanques: de um lado, as obras de realismo social; de outro, as obras de realismo psicológico. Dois questionamentos, entretanto, se interpõem: (i) uma tal redução de um período tão fecundo como a década de 30 seria viável, sem que se tenha perdas significativas de análise e crítica das obras produzidas? (ii) face a este neorrealismo, até que ponto os romancistas de 30 foram, de fato, modernistas, e até que ponto se fixaram nas sombras de um realismo do passado? É em torno destas questões que, mediante a análise dos romances O Quinze, de Rachel de Queiroz, Menino de Engenho, de José Lins do Rego, e Amanuense Belmiro, de Cyro dos Anjos, este artigo se pautará.