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CIBERFEMINISMO EM TEMPOS DE PANDEMIA DE COVID-19: LIVES E SEUS MULTILETRAMENTOS CRÍTICOS TRANSMISIÓN EN VIVO Y SUS MULTILETRAMENTOS CRÍTICOS
Author(s) -
Terezinha Fernandes,
Edméa Santos,
Sara Wagner York
Publication year - 2020
Publication title -
revista binacional brasil-argentina
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2316-1205
DOI - 10.22481/rbba.v1i02.7788
Subject(s) - ethnography , humanities , sociology , art , anthropology
O artigo apresenta o fenômeno live streaming (trans)feministas no contexto da pandemia COVID-19 no Brasil, em diálogo com o referencial teórico em quatro dimensões: cibercultura na interface cidade–ciberespaço; ciberfeminismo como práticas da explosão feminista; teoria Queer/Crip; multiletramentos críticos. A metodologia foi a etnografia na cibercultura compreendida como prática descritiva densa, em que o campo fornece caminhos para uma prática implicada com os acontecimentos, na qual cartografamos e participamos de lives, durante maio e junho de 2020, descrevendo-as em diálogo com o quadro teórico. Constatamos que as lives são expressões do ciberfeminismo, ou seja, eventos e práticas (trans)feministas com o uso de tecnologias digitais em rede para o exercício do seu ativismo; extrapolam o espaço da comunicação síncrona entre pares, atingindo diferentes públicos; apresentam comunicação didática de conteúdos científicos; são efetivos artefatos culturais e potenciais artefatos curriculares; quando gravadas (assíncronas) podem ser usadas em outros ambientes on-line; se configuram como ambiências formativas e redes de aprendizagens em que multiletramentos críticos são mobilizados. Concluímos que as práticas ciberfeministas contribuem para a formação política, construção de identidades, empoderamento e fortalecimento de políticas de inclusão sócio cultural de mulheres no nosso tempo.