
REDISTRIBUIÇÃO, RECONHECIMENTO E REPRESENTAÇÃO: UMA LEITURA DE NANCY FRASER COM O OLHAR DA INFÂNCIA
Author(s) -
Lourdes Gaitán Muñoz
Publication year - 2020
Publication title -
práxis educacional
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2178-2679
pISSN - 1809-0249
DOI - 10.22481/praxisedu.v16i40.6887
Subject(s) - humanities , philosophy
Justiça social ou justiça distributiva é um tema central da filosofia moral, assim como é paraa orientação de políticas públicas envolvidas na distribuição de recursos sociais. No campo da sociologiada infância, essa dimensão tem sido estudada principalmente quando se trata da posição da criança emrelação ao bem-estar social, o tipo e o grau de sua participação nos benefícios oferecidos pelo Estado,bem como a natureza e o conteúdo das políticas da infância. No entanto, a infância está fora do debategeral sobre o significado da justiça que está ocorrendo atualmente. Como em outros aspectos, as pessoasdedicadas à produção de pensamento ou conhecimento são adultos que compartilham com seus paresum conceito de infância entendido como “não-ser” e de crianças como quem “já será, mas ainda não ".Mas não é necessário forçar o argumento daqueles que refletem sobre a justiça, entendendo-a como amaneira pela qual as diferentes pessoas que compõem a sociedade podem receber tratamento igual, paraencontrar seu vínculo com a linguagem da sociologia da infância, quando exige o reconhecimento dashabilidades das crianças ou do direito de serem portadoras de benefícios sociais para elas mesmas. Esteartigo se baseará na análise das propostas de Nancy Fraser para mostrar sua aplicabilidade à posição dascrianças em relação à justiça.